O “NYT” mudou e tornou-se capaz de gerar novos modelos de receita
“Não quero insinuar que o sucesso do ‘NYT’ estará, para sempre, garantido, que se poderia simplesmente ligar o piloto automático e continuar a receber algumas centenas de milhares de novas subscrições a cada trimestre. Porém, a crise empresarial do jornal acabou. Para quase todos os jornais locais, essa é, ainda, uma preocupação”.
Perante este quadro, Benton sugeriu que o “NYT” passasse a colaborar com redacções locais, através da partilha de informação e de inventários de anunciantes.
Além disso, o autor propôs a criação de uma parceria de subscrição partilhada.
Ou seja, os leitores pagariam uma tarifa reduzida, na assinatura do “New York Times” e do título da sua comunidade.
“É cada vez mais claro que a maioria das pessoas, se estiverem dispostas a pagar por notícias digitais, só querem pagar por uma assinatura. Isso tem sido óptimo para o ‘NYT’ (...) Mas será possível encontrar uma forma de partilhar um pouco desse montante com aqueles que relatam notícias locais?”
“Eu sei que há objecções razoáveis a todas estas ideias. A história das colaborações entre editores não é a mais forte; as empresas mediáticas gostam de discutir entre si, e muitas parcerias foram reduzidas a projectos paralelos. Os desafios tecnológicos são assustadores; ligar sistemas de dados construídos em dezenas de plataformas diferentes é uma dor gigantesca (...) Mas, mesmo assim, no dia em que deixar o “NYT”, os “media” tentarão resumir o que realizou, numa das funções mais importantes do mundo do jornalismo. Não seria óptimo se pudéssemos dizer que ajudou a salvar notícias locais de alta qualidade na América?”
Leia o artigo original em “Nieman Lab”