O modelo tradicional dos “media” começou a tornar-se obsoleto, agora que a maioria da população aderiu às plataformas “online” para se manter informada sobre a actualidade.
Isto fez, por um lado, com que a comunicação noticiosa se tornasse instantânea. Por outro, levantou questões quanto à sustentabilidade da imprensa na era digital.
Perante este cenário, a “Press Gazette” tentou apurar se um modelo de “streaming”, seguindo o exemplo do “spotify” -- onde os utilizadores pagam uma taxa mensal, para terem acesso ilimitado a conteúdos -- seria uma alternativa viável para garantir a rentabilidade dos negócios mediáticos.
Para tal, a “Press Gazette” realizou um inquérito junto de 1091 leitores britânicos, para apurar se estes estariam dispostos a pagar dez libras por mês, para terem acesso a uma plataforma deste género.A maioria dos inquiridos (64%) respondeu que não o faria.
Além disso, boa parte dos jornais não se mostra disponível para partilhar os seus conteúdos, em troca de uma taxa residual.
Ainda assim, há iniciativas semelhantes que têm sido bem-sucedidas.
É o caso do Pressreader, um projecto lançado em 2003, que agora disponibiliza 800 milhões de artigos, de sete mil jornais, todos os meses, aos seus subscritores.
Novembro 20
De acordo com Nikolay Malyarov, director executivo do projecto, ao contrário do que acontece com produtores de música e de filmes, a maioria dos “publishers” ainda não está disposta a implementar modelos “disruptivos”.
“Boa parte das publicações conceituadas considera que os leitores devem consumir o produto directamente na fonte”.
A título de exemplo, o “New York Times” e o “Financial Times”, que são consideradas referências de qualidade, recusaram inserir os seus artigos no Pressreader.
Malyarov defende, por seu lado, que este tipo de plataformas incutem a ideia de que os consumidores devem pagar por jornalismo de qualidade.
A “Press Gazzette” conclui, assim, que, apesar de estas iniciativas conseguirem promover um novo modelo de negócio, falham em fornecer conteúdos de publicações conceituadas, consideradas essenciais por alguns leitores mais assíduos.
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