O jornalista/entrevistador não deve ser “militante político” nem “pé de microfone”
Nos últimos anos, alguns líderes políticos, de países considerados democráticos, começaram a atacar o papel dos “media”, rejeitando a presença dos jornalistas em determinados eventos, ou respondendo a questões de forma agressiva.
Consequentemente, os jornalistas passaram a utilizar a sua influência para prejudicar a imagem de determinadas figuras políticas, o que, por vezes, surtiu efeitos indesejados.
Ora, conforme apontou Milagros Pérez Oliva num artigo publicado nos “Cuadernos de Periodistas”, editados pela APM, com a qual o CPI mantém um acordo de parceria, este tipo de acções afecta um dos principais pilares da democracia: o direito à liberdade de expressão e de informação.
Perante este cenário, a autora considera que nenhuma pergunta formulada por um jornalista, nas condições de respeito exigidas, deve ser tomada como um ataque e, muito menos, provocar uma resposta agressiva.
Para a articulista, quando confrontado com uma pergunta incómoda, o político poderá não responder, assumindo o risco que o silêncio acarreta nessas situações, e podendo, até, apontar aspectos da abordagem do jornalista que lhe pareçam erradas.
Contudo, em nenhum caso deverá permitir-se que os políticos decidam as questões que os jornalistas podem ou não perguntar, e quando podem ou não fazê-lo.
Isto não significa, porém, que os profissionais dos “media” estejam isentos de responsabilidade, uma vez que devem respeitar o silêncio dos políticos, o que não deve, contudo, ser um obstáculo para tentar obter os dados por outras vias.
Da mesma forma, os colaboradores de imprensa deverão resistir à tentação de utilizar os “media” como “arma militante”, evitando minar a reputação de determinadas figuras políticas, sempre que estas demonstrarem uma conduta hostil para com o jornalismo.
Estes profissionais deverão, por outro lado, limitar-se a narrar o sucedido, deixando que os cidadãos cheguem às suas próprias conclusões.
Dezembro 21
Através destas ferramentas, concluiu a autora, os jornalistas deverão conseguir restabelecer alguma da sua credibilidade e restaurar a confiança dos consumidores, deixando de contribuir para a polarização da opinião pública.
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