O jornalismo impresso como “alta-costura” dos “media”
A pandemia veio agravar a situação, já débil, dos “media” tradicionais, ao provocar uma quebra nas receitas publicitárias e de circulação, o que levou alguns profissionais a questionarem o futuro do formato impresso.
Contudo, Andrés Rodríguez -- CEO do Grupo SpainMedia e membro da direcção da Asociación de La Prensa de Madrid, com a qual o CPI mantém um acordo de parceria -- considera que o jornalismo impresso irá conseguir recuperar, pouco a pouco, o seu protagonismo.
Durante a sua participação na conferência "Reinventando o Papel", no 15º Congresso de Editores de Jornais, Rodríguez reiterou que "não precisamos de reinventar o papel, mas sim o modelo de negócio", e observou que "veremos tiragens mais pequenas e edições mais cuidadosas", para que "o papel, em qualquer formato, seja de ‘alta-costura’, e a comunicação digital seja um 'pronto-a-vestir".
Assim, os responsáveis pelos “media” terão de aprender a combinar o “formato tradicional” com o “futuro digital”. "Teremos de passar o nosso rendimento do papel para o digital, temos de saber que todos temos uma televisão no bolso, mas que isso não é incompatível com a edição impressa".
Setembro 20
Durante a conferência, Ignacio Rojas, CEO do Grupo Peldaño, disse concordar com o parecer de Rodríguez, considerando que os “media” impressos "continuarão a reinventar-se, continuarão a evoluir e, sem dúvida, são complementares à digitalização. Rojas insistiu que a imprensa escrita continuará a desempenhar um papel muito importante no mundo da comunicação.
Aqueles responsáveis defenderam, ainda, que trabalho dos profissionais da informação são uma parte fundamental da reinvenção dos meios de comunicação impressos. "O papel que o jornalista desempenha nestas edições é essencial; sem jornalismo, sem conteúdo, o papel é apenas algo vazio”, disse Andrés Rodríguez.
Por seu lado, Ignacio Rojas acrescentou que os jornalistas devem ter uma formação adequada, conforme exigido pelo mercado da comunicação: "devem saber comunicar através de novos canais, novos formatos e lidar com ferramentas tecnológicas", mas não pode haver "nenhuma reinvenção se por detrás de um projecto de comunicação não houver um bom jornalista”.
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