A fase inicial do seu lançamento é recordada por um dos que participaram na primeira equipa, João Guedes, em resenha histórica assinada por Inês Almeida. Segundo conta, é a Tribuna de Macau  “que inaugura o jornalismo profissional em Macau na Imprensa, porque o jornalismo profissional já tinha sido inaugurado uns tempos antes, na rádio”. 

A sua participação nessa experiência, quando “ainda era novato na profissão e nunca tinha trabalhado num jornal”, durou menos de um ano mas deixou-lhe boa recordação. 

A partir daí  - como conta -  deu-se um “boom” que nunca tinha acontecido. “Nunca houve um florescimento da comunicação social como a partir dos anos 80, porque aparece a Tribuna de Macau, logo a seguir o Jornal de Macau, depois o Macau Hoje e o Ponto Final. Chegámos a ter cinco ou seis jornais em funcionamento, além da rádio e da televisão”, destaca. 

O mais curioso, defende João Guedes, é que “havia uma expectativa generalizada de que tudo isto desapareceria com a transição em 1999, mas aconteceu o contrário. Todos os jornais se mantiveram, o único que desapareceu foi a Gazeta Macaense, mas não por causa da transferência de soberania”, explicou. 

Por seu lado, José Rocha Diniz afirma que “estes 35 anos foram sempre baseados na vontade de contribuir para o progresso e desenvolvimento de Macau, para a ligação entre Macau e o mundo lusófono e a expansão e vulgarização da Língua Portuguesa”. 

E anuncia o futuro próximo: 

“Deste modo, a partir do próximo número avançamos com uma total renovação gráfica e ainda uma maior atenção aos acontecimentos locais, seja na edição papel, seja no site, na app, ou mesmo em termos de vídeo. Temos uma redacção de gente nova, consciente dos desafios decorrentes da nova realidade sócio-económica e política de Macau, com um desenvolvimento que surpreende o mundo.” (...)

 

José Rocha Diniz afirma ter consciência de que, “no futuro o Jornal Tribuna de Macau não terá vida fácil; foi sempre assim ao longo da sua história, e para o futuro esperamos maiores desafios”; mas assegura que a equipa continuará a dar o melhor para que ele  “mantenha o lugar de relevo que já ocupa na Imprensa de Língua Portuguesa em Macau e em todo o Mundo que lê, fala e escreve em Português”. 

De modo semelhante, também o director, Sérgio Terra, conclui:

“Olhando para o futuro, não tememos cardos nem sonhamos com rosas. Acima de tudo, continuamos determinados a fazer mais e melhor, fiéis a um compromisso inabalável: oferecer informação rigorosa, credível e imparcial a Macau em geral e às comunidades lusófonas em particular.”

 

Mais informação no site do Jornal Tribuna de Macau