As imagens do pináculo quebrado, em movimento de queda, são muito fortes no La Croix, Libération, Le Parisien, La Repubblica, El País, no ABC e no nosso i. Dois jornais britânicos, The Guardian e Daily Mail, usam em título, respectivamente, “Inferno devastates Notre Dame”  e “Nine centuries of history lost to the unholy inferno”. 

O diário italiano La Repubblica escolhe também um título com poucas palavras -  “Il mondo sconvolto  - NOTRE DAME  non c’è più”. E La Libre Belgique -  “Paris n’est plus Paris”. 

Muitos jornais sublinham a dimensão histórica da perda, e a pertença da catedral destruída, mais do que a Paris, a toda a Europa e à Humanidade. 

“La nostra storia in fiamme” é o título de La Nazione;  para El País, ardeu um “simbolo de la cultura europea”. 

Situada no coração geográfico, simbólico e afectivo da cidade de Paris, a catedral de Notre Dame habita também o centro da sua história desde há nove séculos. Começada no século XII, foi dada como completa em 1345. 

Como recorda o Observador  - e como é frequente na história de outras catedrais -  o próprio local do seu assentamento já em eras anteriores fora usado para o culto religioso, pelos celtas e, mais tarde, pelos romanos. 

Foi objecto de restauros ao longo dos seus 856 anos de existência, e foi o espaço protaganista de dez momentos principais que descrevem a sua história. O incêndio que destruíu, agora, quase dois terços do edifício que conhecíamos, será o começo de uma nova etapa de reconstrução.

O balanço imediato do que se perdeu inclui o pináculo central e toda a estrutura de madeira que sustentava o tecto da nave. Segundo The Guardian, “as três janelas de rosáceas medievais de Notre Dame terão explodido por causa do calor intenso”.

Notre Dame de Paris é, desde 1991, Património Mundial da Unesco. É também um dos monumentos mais visitados da Europa, com 13 milhões de visitantes anualmente.



 

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