O futuro do jornalismo entre “robots” e a inteligência humana

No entanto, Adair e Stencel repararam que a adesão a este serviço começou a diminuir. Isto porque os “e-mails” continham demasiados factos repetidos, com informação redundante.
Assim, os responsáveis consideraram que a sua plataforma precisava de um “toque humano”.
Contrataram, então, um aluno de jornalismo, que ficou incumbido de seleccionar as alegações “mais promissoras”, filtrando as repetições não detectadas pelo “robot”.
Aliaram a automatização ao trabalho personalizado e chamaram-lhe “Best of the bot” (adaptação de “best of the both” ou “melhor dos dois mundos”, em português).
O primeiro “Best of The Bot” foi enviado em Setembro de 2019, com informações sobre o registo de imigração da administração Obama, que a campanha de Joe Biden publicou, no Twitter, durante um debate presidencial democrata.
Os jornalistas da “PolitiFact” analisaram o documento e classificaram-no como "meio verdadeiro".
Estes alertas são, agora, enviados a mais de duas dúzias de jornalistas, em oito projectos de verificação de factos, nos EUA.
Assim, os autores consideram que o futuro do jornalismo e do “fact-checking” depende de uma aliança entre tecnologia e inteligência humana.
Isto porque, por um lado, as máquinas realizam um trabalho mais rápido, permitindo que os alertas sejam publicados com uma periodicidade diária. Por outro, estes “e-mails” não seriam tão relevantes sem o trabalho de um jornalista especializado, que personaliza a informação, consoante o que considera mais ou menos pertinente.
Leia o artigo original em “Nieman Lab”