A fachada e o título, portanto, são o que ficará a lembrar a presença do Diário de Notícias naquele local, agora que se mudou para a sua “terceira casa”, nas Torres de Lisboa. A morada completa, R. Tomás da Fonseca, Torre E, Piso 5, faz o título da coluna de Opinião da Direcção, assinada pelo director-adjunto Paulo Tavares, que reflecte sobre a ironia “de ter sido um dos últimos a entrar nesta casa e de ter fechado a última edição trabalhada no nº 266 da Avenida da Liberdade”.

 

Para aqueles de nós que trabalharam anos a fio na segunda das três casas  - a única expressamente edificada para ser a sede de um grande jornal -  todo este discurso tem um sabor amargo, a começar pelos termos adoptados pela “novilíngua”. Atravessámos o tempo em que os jornais passaram a ser designados por “projectos”, mais tarde por “produtos”, agora por “marcas”, como podemos ler nos outros dois textos, do director Paulo Baldaia e do subdirector Leonídio Paulo Ferreira.

No seu editorial, Paulo Baldaia afirma:

“Sabemos que há caminhos mais fáceis para disfarçar as nossas fragilidades, mas preferimos a consistência das opções que fazemos, mesmo quando só o tempo nos pode dar razão. Vamos trabalhar para ter esse tempo. (…)  Este é um jornal carregado de história, jamais poderemos superar os seus grandes momentos.” 

Recorde-se que o Global Media Group estabeleceu uma parceria com a KNJ Investment Limited, liderada pelo empresário macaense Kevin Ho, para "a criação de plataformas comunicacionais que permitem ligar Portugal e Macau a países de língua portuguesa, bem como expandir a actividade nos mercados digital e online, no âmbito da sua estratégia internacional." 

Segundo o comunicado do GMG, então divulgado, esta parceria "permite promover a actuação do Global Media Group nos mercados de Macau, Angola, Moçambique e Brasil, e implementar processos tecnológicos inovadores, incluindo a criação de uma plataforma física em Macau." 

Contribui também "para o reforço empresarial da Global Media e para a valorização e expansão da actividade jornalística no mundo lusófono, num projecto de intercâmbio entre países de expressão oficial portuguesa".

 

 
Mais informação na edição online do DN e artigo de opinião de Dinis de Abreu neste site