O “conteúdo patrocinado” como receita para os “media” latinos
Com a chegada da era digital, a maioria dos jornais registou uma quebra acentuada nas suas receitas, o que levou ao encerramento de diversas redacções.
Como tal, na América Latina, cada vez mais organizações noticiosas estão a produzir “conteúdos patrocinados” para outras marcas, como forma de obter financiamento.
Conforme apontou o “Laboratorio de Periodismo”, estas empresas começaram, agora, a estabelecer parcerias com diferentes organizações, contando as suas histórias e partilhando ideias de forma criativa e inovadora.
É esse o caso da redacção equatoriana “GK”, que além de partilhar conteúdos informativos, começou a apostar em “marketing”, através do “GK Studio”.
O “GK Studio” é, agora, responsável pela captação da grande maioria das receitas desta empresa, assumindo-se como um parceiro estratégico para associações sem fins lucrativos, e de acção social.
Aliás, na sua plataforma o “GK Studio” aponta a defesa pelo meio ambiente, pela igualdade de género e pelos direitos como os seus principais objectivos.
Como tal, nos últimos meses, o “GK Studio” desenvolveu uma campanha de prevenção do “bullying” “online”. O conteúdo foi patrocinado pela Plan International, uma organização humanitária.
O artigo em causa intitula-se “Para navegar livremente: 5 dicas de segurança para meninas e adolescentes na Internet” e anuncia a criação de um guia para a identificação de violência digital.
Abril 22
Este tipo de conteúdo é, no entanto, claramente identificado, para que os leitores saibam que não se trata de um artigo jornalístico, e que foi patrocinado por outra entidade.
O mesmo acontece na redacção cubana “El Toque” que criou uma equipa de “conteúdo patrocinado”, a CATAO, que capta o financiamento necessário para que os jornalistas possam continuar a desenvolver o seu trabalho.
“Através da CATAO, criamos artigos que são encomendados por outras marcas”, explicou José Jasán Nieves Cárdenas, editor-executivo da “El Toque”.
Para Nieves Cárdenas, uma agência de conteúdo “é uma conversão de todas as áreas da organização, que prestam serviços a terceiros para a sustentabilidade do projecto jornalístico principal”.
Assim, este responsável considera que o “conteúdo patrocinado” pode ser adoptado por todos os “media” que queiram garantir o seu futuro.
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