O “capitalismo de vigilância” e a guerra mediática

Ao oferecer gratuitamente os seus serviços de busca na Internet, a Google pesquisa os temas procurados pelo utilizador, mas recolhe também os dados sobre o comportamento de quem procura a informação.
Os dados, obtidos sem o conhecimento do utilizador, constituem uma mais-valia em informação que, depois de processada, permite à Google facturar somas astronómicas com a venda desses elementos a anunciantes.
Possibilita, igualmente, acumular uma massa de conhecimentos sobre os actuais governantes em todo o mundo.
Com o condicionamento das intenções de voto no referendo sobre o Brexit e na eleição do presidente dos EUA, vieram as preocupações e a sensação de insegurança entre os principais responsáveis. .
Surgiram , assim, as multas milionárias na Europa e as investigações de posição dominante nos EUA aos gigantes da electrónica, como reacção ás inquietações que as suas actividades estão a suscitar.
Parece ter havido, no entanto, uma escolha quanto à prioridade a estabelecer no tratamento deste assunto.
No caso europeu, os legisladores, aparentemente, decidiram transformar as fake news num objectivo estratégico intermédio, antes de atacar a questão dos dados pessoais. “As notícias falsas são um alvo mais fácil , porque são uma questão compreensível pelas pessoas comuns, já o “capitalismo de vigilância” é um problema complexo que exige maior poder de abstracção do público”, sustenta ainda Castilho. .
( Mais informação no Observatório da Imprensa do Brasil )