O bom uso das siglas na Imprensa e o seu exagero
O autor recorda que esta sigla aparece, efectivamente, em toda a espécia de suportes: documentos, moedas, obras públicas...
“Desde os últimos anos da República, tudo estava cheio destas siglas. Ou melhor, deste acrónimo, porque toma duas letras da segunda palavra. E não há peplum (filme sobre romanos) que se preze que não exiba uma variada colecção de SPQR, principalmente nos estandartes das legiões.” (...)
O autor cita depois algumas siglas internacionalmente conhecidas, como as que designavam o KGB (Comité para a Segurança do Estado) e a TASS (Agência Telegráfica da União Soviética). A própria URSS significava União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (CCCP na sigla original, am alfabeto cirílico).
A ordem das letras principais aparece, naturalmente, alterada se dissermos UN (United Nations) ou ONU (Organização das Nações Unidas), se dissermos NATO (North Atlantic Treaty Organization) ou OTAN em português.
A concluir, o autor admite que as siglas tomaram uso corrente nos meios de comunicação, sobretudo nos meios impressos:
“É lógico que assim seja. Ajudam a enquadrar os títulos num espaço que, ao contrário dos meios digitais, é muito limitado. Dão ao leitor uma profundidade de informação, especialmente se são bem usadas: nas menos frequentes reproduzindo, na primeira vez que são mencionadas num texto, a ‘expressão complexa’ de onde provêm.”
“Mas o uso excessivo das siglas desfeia os textos jornalísticos e chega a dar a impressão de que o redactor foi movido mais pela preguiça ou pela negligência do que pela economia de espaço ou o melhor serviço do leitor.”