O CPJ sublinhou que, nos últimos seis anos, o total de detidos não baixou dos 250, reflectindo uma “crescente intolerância à informação independente” e uma maior tendência para os líderes autocráticos “ignorarem o processo legal” e “desprezarem as normas internacionais, para se manterem no poder”.


Além disso, devido à preocupação global com a pandemia de Covid-19 e as alterações climáticas, “os governos repressivos estão claramente conscientes de que a indignação pública, por violações dos direitos humanos, é amortecida e que os governos democráticos têm menos apetite para represálias políticas ou económicas”, apontou a organização.


No encerramento do censo anual do CPJ, não havia jornalistas presos na América do Norte, embora o organismo tenha verificado 56 detenções de colaboradores dos “media” nos EUA ao longo deste ano, 86% em protestos, e dois no Canadá, também em manifestações.


A nível mundial, 24 repórteres foram mortos este ano no exercício da profissão. A Índia tem o maior número de jornalistas assassinados (quatro), seguindo-se o México, com três.