Novos títulos digitais favorecem “media” do Zimbabwe
Com a declaração da independência do Zimbabwe, em 1980, deixou de haver um foco em notícias locais, uma vez que a informação passou a incidir, sobretudo, em eventos de cariz nacional.
Contudo, graças à era digital, começaram, agora, a surgir alguns títulos locais “online”, dedicados a cobrir os acontecimentos comunitários.
É esse o caso do “Citizen Bulletin”, um título fundado em 2017, que tem procurado garantir a sua sustentabilidade financeira, a fim de continuar a servir os seus leitores. No entanto, o Zimbabwe parece ainda não estar preparado para aceitar os modelos de subscrição noticiosa, afirmou Divine Dube, director editorial daquele título, num artigo publicado no “Nieman Lab”.
Conforme apontou Dube, em 2021, o “Citizen Bulletin” tornou-se o primeiro jornal do país a introduzir pacotes de assinaturas. No entanto, esta oferta não foi bem recebida.
Isto aconteceu, de acordo com Dube, porque o governo continua a controlar os “media”, e a limitar a liberdade de expressão. Além disso, as audiências locais desvalorizam o processo jornalístico, e não demonstram interesse em contar as suas histórias, ou das respectivas comunidades.
Dube sublinha, ainda, que, perante a impossibilidade de comprar jornais, muitos cidadãos continuam a depender das redes sociais para se manterem informados.
Abril 22
Por isso mesmo, e apesar de considerar que as subscrições serão frutíferas no futuro, o “Citizen Bulletin” passou a focar-se na interacção com a comunidade, convidando os seus membros a participarem no processo jornalístico, a partilharem os conteúdos noticiosos, ou a assistirem às suas conferências.
Embora este tipo de medida não tenha efeitos imediatos, Dube reitera que será uma boa solução a longo prazo, já que convida os cidadãos a apoiarem, progressivamente, os projectos informativos.
Dube acredita, da mesma forma, que a interacção com a comunidade deve ser o primeiro passo de outras organizações noticiosas, em países subdesenvolvidos. As subscrições, os eventos, ou a venda de "merchandising" deverão, por sua vez, ficar para segundo plano.
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