O texto da mensagem põe em destaque duas frases que resumem o propósito então declarado: quanto à reportagem, “informar com imparcialidade, nem medo nem favoritismo, independentemente de que partido, grupo [sect, no original] ou interesses estejam envolvidos”; quanto à opinião, “convidar a um debate inteligente de todos os matizes de opinião”. 

Segundo A.G. Sulzberger, os fundadores do jornal compreendiam que “a livre troca de ideias e a capacidade de exigir contas ao poder” era requisitos indispensáveis à democracia: 

“Mas uma perigosa confuência de forças está a ameaçar o papel central da Imprensa, que é de ajudar as pessoas a entenderem e a envolverem-se com o mundo que as rodeia.” 

“O modelo de negócio que durante tanto tempo manteve o duro e custoso trabalho do jornalismo original está a ser desgastado, o que obriga os media de todas as dimensões e formas a cortar nas suas equipas de jornalistas e a reduzir as suas ambições. Aumenta a desinformação e cai a confiança nos media, à medida que as plataformas tecnológicas dão prioridade aos clics, aos boatos e à propaganda, em vez de ao jornalismo autêntico, e os políticos procuram ganhar vantagens inflamando as suspeitas sobre a Imprensa. A polarização crescente põe até em causa a aceitação fundamental de verdades comuns, [que são] a matéria que mantém unida uma sociedade.” (...) 

O novo director promete que The New York Times continuará “a resistir à polarização e ao pensamento sectário, dando voz à abrangência de ideias e experiências  - porque acreditamos que o jornalismo deve ajudar as pessoas a pensarem por si mesmas. O Times vai manter os mais elevados padrões de independência, rigor e imparcialidade, porque cremos que a confiança é o recurso mais valioso que possuímos. O Times fará tudo isto sem medo nem favoritismo [no original without fear nor favour, da frase original de Adolph Ochs] porque cremos que a verdade deve ser procurada até onde for preciso.” (...) 

Para este efeito, e entre as coisas que promete que “não vão mudar”, A.G. Sulzberger garante que:

“Continuaremos a fornecer aos nossos jornalistas os recursos necessários para investigarem um único tema durante meses; continuaremos a apoiá-los em qualquer canto do planeta enquanto testemunhas de acontecimentos em curso, por vezes com grande risco pessoal; continuaremos a enriquecer o nosso jornalismo de competência especializada, tendo advogados a fazer a cobertura de assuntos legais, médicos sobre questões de saúde e veteranos sobre temas de guerra.” 

“Continuaremos a investir nas formas mais atraentes de descrever os acontecimentos, desde o texto à realidade virtual e ao que venha a seguir; continuaremos a colocar a imparcialidade e a exactidão de tudo aquilo que publicamos acima de tudo o mais  - e, nos inevitáveis momentos em que falharmos, continuaremos a reconhecer os nossos erros e a esforçarmo-nos por fazer melhor.” (...) 

 

O texto em tradução para espanhol, e a versão original, em The New York Times  - cuja imagem também incluímos