Nos últimos anos, o Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, tem vindo a restringir alguns dos direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo o direito à liberdade de imprensa, denunciou Oswaldo Rivas num artigo publicado na “Columbia Journalism Review”.
Segundo recordou Rivas, o governo de Ortega começou a apertar as restrições à imprensa em 2018, ano que ficou marcado por manifestações em massa contra as reformas da segurança social do país.
Perante a cobertura mediática destes movimentos civis, as autoridades policiais bloquearam o acesso de jornais independentes a materiais de impressão e invadiram diversas redacções, confiscando computadores.
As medidas de repressão da imprensa passaram, ainda, pela detenção de diversos jornalistas, entre os quais Miguel Mora e Lucía Pineda, responsáveis pela emissora 100% Noticias.
De acordo com a associação Human Rights Watch estes jornalistas enfrentaram condições desumanas e foram enviados para prisões de segurança máxima. “Fomos isolados em celas que mais pareciam túmulos. As janelas eram estreitas. Não falei com ninguém. Fomos enterrados vivos”, disse Mora ao Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).
No total, entre Abril de 2018 e Março de 2019, os atentados contra a imprensa aumentaram mil por cento, de acordo com dados da Fundação Violeta Barrios de Chamorro, com 61 casos registados de violência contra profissionais dos “media”.
Junho 21
Assim, em meados de 2019, mais de noventa jornalistas haviam pedido o estatuto de asilados políticos na Costa Rica.
Estes ataques e restrições à imprensa passaram, entretanto, a estar previstos na Constituição do país.
Segundo recordou Rivas, em Outubro de 2020, a Assembleia Nacional aprovou um conjunto de leis que promovem a censura. Uma lei sobre a cibercriminalidade, por exemplo, torna a difusão de "notícias falsas" punível até cinco anos de prisão. Além disso, os “media” que recebem fundos do exterior passaram a ter que registar-se enquanto “agentes estrangeiros”, o que levou ao encerramento de diversas organizações.
Entretanto, mais de vinte jornalistas foram chamados a testemunhar sob juramento.
A Nicarágua encontra-se em 121º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia 180 países.
A inteligência artificial (IA) já não é uma novidade. O relatório Journalism, media, and technology trends and predictions, do Reuters Institute for the Study of Journalism, publicado no início...
Uma parte da população está a afastar-se do jornalismo, deixando de acompanhar as notícias regularmente. Os dados do relatório de 2024 do Reuters Institute mostram que 39% das pessoas assumem...
As publicações norte-americanas Axios e Tampa Bay Times comunicaram que irão reduzir as suas equipas, estando em causa o despedimento de, respectivamente, 10% e 20% dos profissionais. No caso do...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...