“New York Times” mais escrutinado enquanto divide opiniões
O “New York Times” está a esquecer o seu próprio legado, ao continuar a permitir a prática de jornalismo infundamentado, enquanto pune práticas inocentes de “freelancers”, considerou o jornalista Gabriel Leão num artigo de opinião publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Leão começa por recordar que, recentemente, o “NYT” esteve no centro de uma nova polémica, ao ter dispensado a jornalista “freelancer” Lauren Wolfe, na sequência da publicação de um “tweet” considerado tendencioso, sobre o Presidente norte-americano, Joe Biden.
Este incidente veio dividir opiniões no sector dos “media”.
Por um lado, alguns profissionais consideram que a jornalista do “NYT” deveria ter-se mantido isenta.
Por outro, houve jornalistas que criticaram o despedimento de Wolfe, como é o caso do autor de Leão, que defende que a jornalista se cingiu a comentar as suas emoções, ao testemunhar um momento marcante na história dos Estados Unidos.
Além disso -- afirmou o autor -- o “NYT” tem perdoado a conduta pouco ética de alguns dos seus colaboradores.
Leão recordou, neste sentido, o caso da jornalista Rukmini Callimachi, que se baseou em histórias fabricadas para criar o “podcast” "Caliphate", mas que continua a escrever para o título.
Fevereiro 21
Tendo em conta este precedente, o autor considera difícil justificar uma dispensa pela utilização das redes sociais.
Além disso, o autor considera que “se o medo do NYT era ter seu nome envolvido numa polémica, o sector de gestão de crises falhou”, já que esta história está a ser partilhada pela imprensa internacional.
Com isto, o jornalista teme que o “NYT” -- enquanto título reconhecido em todo o mundo -- esteja a criar um cenário hostil para profissionais “freelancer”, ao transmitir a ideia de que estes podem ser dispensados, sem pré-aviso ou justificação.
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