Mudanças editoriais em “The Wall Street Journal” por causa de Trump…
Segundo Le Monde, que aqui citamos, “a decisão foi aprovada pelos cinco membros da comissão especial encarregada de examinar as questões de ética do grupo Dow Jones”.
Sob a direcção de Baker, o jornal aumentou a audiência até chegar aos 2.270 milhões de exemplares, entre eles 1.270 de assinaturas digitais, mas o britânico (formado em Oxford, e tendo trabalhado na BBC, no Financial Times e no Times de Londres) era criticado pela cobertura da presidência de Donald Trump, “considerada insuficientemente agressiva por uma parte da redacção”.
Desde Fevereiro de 2017, o visado “rejeitava estas acusações, considerando que os outros jornais tinham abandonado a sua objectividade em relação ao inquilino da Casa Branca; e tinha encorajado os descontentes a procurarem trabalho noutro sítio”.
“A chegada de Donald Trump ao poder fez os media americanos tombarem para a Imprensa de opinião. Todas as noites há talk-shows anti-Trump nas televisões, enquanto o canal conservador Fox News descreve um outro mundo, pelos óculos dos apoiantes do presidente. O New York Times e o Washington Post estão em oposição frontal. The Wall Street Journal tem ficado mais fora deste combate.”
Interpelado por um comité de redacção, em Fevereiro de 2017, Baker tinha explicado que Trump pretendia intencionalmente provocar uma confrontação com os media.
“Nós não podemos deixar-nos arrastar para um processo político, tornarmo-nos um protagonista do combate político” - declarou então, segundo The New York Times. “Ele pensava que um movimento como esse só faria acentuar a desconfiança dos americanos em relação aos media.”
O artigo que citamos, de Le Monde, cita alguns episódios concretos em que Baker “suavizou” a cobertura da política de Donald Trump, com os jornalistas inquietos por esta tendência a “eufemizar” os factos. (...)
“Donald Trump e Rupert Murdoch, proprietário do Wall Street Journal, são amigos de longa data. As relações entre o Presidente dos Estados Unidos e Gerard Baker, que animou um dos debates das presidenciais, são próximas.” (...)
Mais informação em Le Monde e The Wall Street Journal. A primeira imagem incluída é de politico.com