Movimento cívico preocupado com futuro do arquivo histórico e venda do edifício-sede do DN

“Solicitámos a atenção da comissão para o facto de estar em perigo o edifício e o espólio do Diário de Notícias”, disse à Lusa Paulo Ferrero, um dos representantes do Fórum Cidadania LX.
Na sua opinião, o espólio constitui “a situação mais complicada”:
“Não queremos que se nacionalize ou que se exproprie o espólio. Queremos que seja feito um inventário, uma catalogação do espólio”, vincou Paulo Ferrero. “Achamos que, apesar de ser privado, o espólio, com uma série infindável de fotos, documentos e desenhos, é valioso e de interesse público e deve ser classificado como um todo.”
Paulo Ferrero apontou também que “já se foram perdendo espólios valiosíssimos, como o do jornal O Século”, uma vez que “os desenhos e papéis vão parar a alfarrabistas, as máquinas são desmontadas e vão para a sucata”.
Segundo notícia do Público, que citamos, “além do Parlamento, o Fórum Cidadania Lx encaminhou as suas preocupações para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, a Assembleia Municipal de Lisboa, a Câmara de Lisboa, o Ministério da Cultura e para o gabinete do Primeiro-Ministro; porém, o movimento não entrou em contacto com a direcção do DN.”
Num esclarecimento enviado à agência Lusa, a Câmara Municipal de Lisboa dá conta de que deu entrada um Pedido de Informação Prévia relativo a este edifício, “apresentado por um promitente-comprador português”. A CML apontou que “o processo está em apreciação nos serviços” e que “existem condicionantes patrimoniais a respeitar, quer arquitectónicas, quer decorativas”.
A Lusa questionou a DGPC sobre este assunto, mas não obteve ainda uma resposta.
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