Ao longo de quase 80 anos de vida (que ia completar dentro de meses) deixou um percurso de coerência sobre esta vocação fundamental, que substituíu (ou prolongou noutro terreno) a sua primeira, de padre católico. Foi na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma que se licenciou em Ciências Sociais, em 1973, quando este curso não era ainda possível em Portugal.

E no seu texto de apresentação aos leitores do Público, quando assumiu as funções de Provedor, ele mesmo resumiu a originalidade da sua carreira de sociólogo dizendo que “desde os 23 anos andei sempre perto de jornais, rádio, televisão; umas vezes por dentro, outras por fora”. 

A sua carreira académica fez-se no ISCTE, instituição de que foi vice-Presidente, e que José Paquete de Oliveira abriu à proposta do Sindicato dos Jornalistas, em 1997, para que profissionais já séniores, mas sem formação universitária completada, pudessem fazê-lo a partir de um Curso de Pós-Graduação criado para o efeito.


Um grupo de jornalistas que seguiram esta via e se encontra já na fase dos seus mestrados ou doutoramentos constituíu, em Janeiro, a Associação de Estudos de Comunicação e Jornalismo, cujo primeiro acto público foi, a 3 de Março, precisamente uma conferência de Paquete de Oliveira sobre “Os Media e o Poder Político”, na Casa da Imprensa  -  que então referimos neste site, e cujo resumo se encontra no nosso arquivo de textos. No mesmo local (Aconteceu) pode ser também consultada, em data mais recente, a sua última crónica no Público, acima citada.