Recorde-se que, desde que foram adoptadas medidas de contenção, a imprensa espanhola deixou de acompanhar, presencialmente, os encontros com o governo, sendo as perguntas enviadas para um grupo de WhatsApp, “controlado” pelo secretário de Estado da Comunicação, Miguel Angel Oliver, que seleccionava as questões mais favoráveis ao primeiro-ministro.


Esta atitude levou mais de 400 jornalistas a subscreverem o manifesto “A Liberdade de Perguntar”, no qual acusaram o governo de exercer um novo tipo de censura. O governo, por sua vez, alegava, que a fórmula adoptada era “simples e eficiente”.


O “boicote” um estatuto especial depois de o diário “El Mundo” ter publicado um editorial muito duro contra o governo, em que classificava aquelas reuniões como “conferências de imprensa-farsa”.


Por esse motivo, o “El Mundo” entendeu que não podia “continuar a participar de uma anomalia democrática que já adquiriu a categoria de um verdadeiro escândalo que são as conferência de imprensa que o governo impôs com a desculpa da pandemia”.  


A decisão do governo chegou no dia seguinte.