Isto porque, por um lado, o jornalismo sem fins lucrativos, embora dê prioridade à função social da profissão, tem dificuldade em gerir questões relacionadas com preços e produtos, o que leva a cortes no número de colaboradores.


Por outro lado, o jornalismo comercial consegue gerir a redacção como um negócio. Contudo, a sua abordagem “fria” acaba por afastar os leitores, resultando na queda da circulação e, consequentemente, na queda das receitas.


Por isso mesmo, considera o autor, o jornalismo deve, agora, depender de contribuições directas dos consumidores, que subscrevam serviços noticiosos.


Isto faz com que os colaboradores da redacção se foquem em continuar a satisfazer as necessidades dos leitores, e que os cidadãos, por sua vez, se sintam impelidos a apoiar o jornalismo que assegure, constantemente, a qualidade.


“Apesar das incertezas ainda existentes – conclui o autor –  já existe um quase consenso de que o futuro do jornalismo depende da sua interacção com o público, e que só conseguirá fazê-lo através da liquidez financeira, através de sistemas onde o lucro não seja a motivação principal”.