Modelos de interacção dos “media” com comunidades de leitores
"É natural que o público fique confuso, sobrecarregado e frustrado com o que os jornalistas fazem, mas se os jornalistas acreditam no em seu próprio trabalho, precisam de tempo para explicar o porquê”.
Mayer refere, ainda, que Summer Fields, da Hearken – uma consultoria de tecnologia para empresas de media –, lhe disse: "Vimos que quanto mais o seu público se apercebe que os valoriza, mais provável é que eles confiem em si e o apoiem, seja financeiramente ou com seu tempo”.
Lauren Katz, da Vox Media, disse que a empresa usou projectos de crowdsourcing para relatar uma série de histórias de investigação, incluindo uma sobre custos de saúde, que envolveu pedir aos leitores informação sobre as suas experiências pessoais.
Outros meios de comunicação vêem o relacionamento com os leitores como uma série contínua de eventos sociais, explicou Christine Schmidt, que está a mudar-se do Nieman Lab para o Fundo Democracia, de Pierre Omidyar.
"Vejo a interacção como uma forma de fazer com que as pessoas se sintam ouvidas e incluídas”, disse Schmidt.
“E se os leitores se sentirem escutados e incluídos, então talvez eles tenham mais hipóteses de tirar seus ‘livros de cheques’: Simon Galperin, da GroundSource, que oferece às empresas de media uma plataforma de mensagens de texto para se conectarem com os leitores, disse que os públicos envolvidos em pesquisas têm três vezes mais probabilidade de se tornarem doadores ou assinantes dos sites com os quais se relacionam”.
Hanna Ingber, directora editorial do Centro de Leitores do New York Times, disse em entrevista à Galley que o centro não é um substituto para o editor, uma posição que o Timesterminou em 2017.
Ingber explicou que tenta usar o centro como uma forma de mostrar aos leitores que estes são ouvidos. "Às vezes vemos que muitos leitores têm a mesma pergunta, e isso leva-nos a escrever um artigo ou um explicador sobre o tema".
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