Modelos de financiamento alternativos para jornalismo local
A pandemia veio agravar, um pouco por todo o mundo, a situação dos “media” locais. O modelo tradicional de negócio tornou-se obsoleto, e muitas redacções comunitárias viram-se forçadas a encerrar as operações, recordou Beatriz Tuma, num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Segundo indicou a autora, oito em cada dez municípios do Brasil são considerados como “desertos” ou“quase desertos de notícia”, ou seja, localidades que não têm veículos jornalísticos, ou que contam com até duas publicações.
Assim, boa parte dos brasileiros recorre às redes sociais ou aos familiares para se manter informada sobre os desenvolvimentos do novo coronavírus, o que contribui para a partilha de desinformação e põe em causa a saúde pública.
Perante este cenário, a autora sugeriu que as redacções comunitárias começassem a aderir a modelos de financiamento alternativo.
Julho 20
Uma opção viável passa por pedir apoio ao público e solicitar doações voluntárias. Caso seja esta a solução adoptada, é importante que os assinantes percebam a delicada situação dos “media”, para que continuem a apoiar a redacção em causa.
Outra solução possível é o fundo de “endowment”, formado doações de pessoas jurídicas ou físicas, como explicou o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, da Universidade de São Paulo (USP).
O professor sugeriu, também, que os governos ajudem o jornalismo a sobreviver financeiramente.
No entanto, relembrou ou professor, deve avaliar-se, cuidadosamente, o tipo de proposta a ser apresentada, “já que o governo pode sentir-se tentado a controlar as publicações jornalísticas”.
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