Meios digitais: novos desafios e soluções possíveis

Este segundo encontro dos responsáveis pelos meios digitais na América Latina (o primeiro fora há dois anos, em Bogotá) propôs cinco áreas fundamentais de debate: estratégias para os meios móveis e para a fixação da audiência consumidora, o financiamento dos meios, como alcançar as novas gerações e como utilizar os novos formatos vídeo.
O Presidente da WAN-IFRA, Tomas Brunegard (anterior Director do Göteborgs-Posten e Administrador do Grupo Stampen, da Suécia) citou os dados actuais: em comparação com 2013, a circulação dos meios em suporte papel aumentou apenas 0,4%, enquanto a dos digitais subiu 45%, mas o problema, do ponto de vista económico, é que essa parte em crescimento continua a ter dificuldade em traduzir a expansão em termos de receita, que continua incomparavelmente maior no suporte papel: 93% do total.
O Director do El País, António Caño, citado pela reportagem do seu jornal, afirmou: “Nós compreendemos que o El País já não é um jornal. Até aqui tínhamos procurado adaptar um jornal às novas tecnologias, mas por fim compreendemos que já não somos um jornal, mas sim uma marca, uma marca que tem de ser capaz de elaborar diferentes produtos para diferentes plataformas e diferentes audiências. Hoje somos um centro de produção de conteúdos.”
Mas reitera a adesão aos fundamentos da identidade tradicional deste diário, fundado em 1976: “É imprescindível que saibamos por que motivo aparecemos, há 40 anos, para enfrentarmos tudo aquilo que nos acontece a partir de agora.”