Os direitos fundamentais continuam a ser postos em causa e desrespeitados em vários Estados-Membros, e “quase 90 milhões de cidadãos em toda a União Europeia vivem em países com problemas significativos de liberdade de imprensa”. 

 

“Além disso, o legado do negócio dos meios de comunicação social, que costumava financiar o investimento no jornalismo,  continua a diminuir à medida que o público e os anunciantes deixam para trás a imprensa escrita e a radio e se tornam digitais. 

 

A cada dia que passa, as receitas de muitos media europeus continuam a diminuir, levando à supressão de postos de trabalho, à diminuição das salas de redacção e ao desaparecimento de títulos”, lê-se no relatório.

 

Uma das sugestões é a necessidade de procurar uma outra abordagem “para a criação de um ambiente favorável ao jornalismo profissional independente na Europa”, de forma a proporcionar “liberdade, financiamento e um futuro”. 

 

Sem liberdade não há capital ou investimento suficiente no futuro que possa garantir a independência do jornalismo.

Devido às ameaças à liberdade de expressão e de imprensa, é necessário abordar estes problemas e, posteriormente, pensar noutras soluções e medidas que possam ser bem-sucedidas.

 

“Das opções que analisámos, o primeiro passo será colmatar a lacuna na implementação entre o que os eleitos se comprometeram a fazer no papel e o que os governos fazem na prática”. 

 

“O segundo poderá ser o de ligar o acesso aos fundos da UE ao desempenho numa revisão anual do Estado de direito, que inclua uma ênfase na liberdade de expressão e na liberdade dos meios de comunicação social.”

 

“Um outro passo importante será enfrentar os desafios digitais emergentes que, ultimamente, têm capturado a conversa pública e política de uma forma que protege formas legais de expressão e comportamento, e buscar intervenções que não coloquem em risco tanto os direitos humanos quanto a liberdade de imprensa”.

 

 

Mais informação em Reuters Institute for the Study of Journalism.