“Media” espanhóis melhoraram desempenho sobre a infância vulnerável
Os “media” espanhóis estão a melhorar o seu desempenho quanto à denúncia das injustiças a que as crianças e os adolescentes são submetidos, revelou o estudo “Infância Vulnerável nos ‘Media’”, cujas conclusões foram apresentadas na sede da Associação de Imprensa de Madrid (APM), com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Publicado anualmente desde 2015, este estudo analisa a prestação dos “media” enquanto porta-vozes das crianças vulneráveis, tendo em conta diversos parâmetros, que obtêm uma avaliação de 0 a 5.
Nesta edição, os investigadores tiveram em conta os seguintes critérios: “denunciar as violações dos direitos das crianças e as injustiças a que estão submetidas”; “ evitar referências à criança ou à sua família devido à sua origem ou religião”; e “omitir dados que permitam a identificação de uma criança numa situação de vulnerabilidade”.
As peças analisadas focavam, principalmente, os efeitos na pandemia na vida das crianças em situações socioeconómicas desfavoráveis.
Em 2020, a avaliação média das notícias foi de 4,24 em 5, uma melhoria substancial em relação aos números obtidos no relatório anterior, de 3,88 em 5.
De acordo com o relatório, este resultado deve-se a um maior cuidado com todas as partes que integram um artigo noticioso (manchete, corpo e imagem).
Ainda assim, os especialistas consideram que os editores de notícias devem ter mais atenção quanto à selecção de fotografias, já que, em algumas das imagens, ainda era possível identificar as crianças ou adolescentes.
“Parece haver alguma confusão quanto ao uso de imagens, que tendem a mostrar os rostos das crianças, quando é necessário preservar a sua privacidade, independentemente do conteúdo em discussão”, afirmou Mónica Revilla , Directora de Comunicação da Aldeas Infantiles SOS, durante a sessão de apresentação.
Outubro 21
Já o presidente da Federação de Associações de Jornalistas de Espanha (FAPE), Nemesio Rodríguez, reconheceu o empenho dos profissionais em dar visibilidade a questões de vulnerabilidade infantil.
Durante a sua participação na sessão de apresentação do relatório, Rodríguez destacou, ainda, a importância de “verificar todas as informações” e evitar dados discriminatórios.
O relatório apresentado inclui, ainda, um acompanhamento especial das informações relacionadas com a saúde mental infantil, tendo detectado o interesse dos profissionais em escrever peças fidedignas, que demonstrem o impacto psicológico do confinamento.
Nesse sentido, o relatório conclui que, “mais uma vez, as crianças vulneráveis são as mais afectadas pela pandemia”.
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