Quando o Facebook publicou os seus lucros do terceiro trimestre, o director financeiro, Dave Wehner, deixou um aviso: “esperamos que, em meados de 2017, a publicidade tenha um papel menos significativo nas receitas.” 

E um estudo da prestigiada escola de gestão de Wharton prediz nada menos que o fim da publicidade, tal como a conhecemos. Segundo afirma Peter Fader, o seu professor de Marketing:

“A publicidade é a herança de um velho mundo em que os anúncios eram a única forma de pagar os websites. Tudo o que a publicidade faz é agora prejudicial para a experiência do utente e do valor das marcas.” 

Segundo um artigo da Media-tics, que aqui citamos, “as grandes plataformas, como Google e Facebook, cujas receitas são provenientes da publicidade em cerca de 90%, têm consciência desta instabilidade, e estão a preparar-se para um futuro diferente”. 

A publicidade que vem aí será baseada em dados. “É provável que um grande número de utentes esteja disposto a pagar por conteúdos sem publicidade, de alta qualidade, mas não vão querer pagar cada um deles separadamente, pelo que o futuro pode ser semelhante a um pacote de televisão por cabo. Estes agregadores vão chegar a ser extremamente poderosos, dizem os professores da Wharton.” 

Um estudo da IBM, baseado em vários inquéritos realizados junto de mais de 2.400 consumidores e 80 executivos publicitários, chega a conclusões parecidas: “Os modelos publicitários vão mudar mais nos próximos cinco anos do que durante os últimos 50.” Por outras palavras, os utentes vão controlar como e quando consumir anúncios.

 

Mais informação na Media-tics e o estudo da Wharton, com edição em língua espanhola