Máquinas distribuidoras de jornais estão a passar à história
“Enquanto muitas continuam a ser abastecidas, outras estão há meses despidas de jornais, em consequência das mudanças no modo como consumimos as notícias. Desde que The Village Voice se tornou exclusivamente digital, as suas icónicas caixas vermelhas praticamente desapareceram das filas de caixas e grelhas de arame que ocupam as esquinas e as estações do metro.”
“Mesmo vazias de jornais, as caixas comunicam um sentimento de vida local. Funcionaram durante décadas como faróis de informação, muita dela local e de graça. Uma honor box [designação original, que simboliza a confiança cívica no utente que mete uma moeda e só leva um jornal] oferecia aos transeuntes uma janela modesta para as notícias, fotografias e anúncios; era menos intrusiva e insistente do que a notificação automática [de hoje], e os seus conteúdos acessíveis a qualquer pessoa que abrisse a porta.”
Essa assessibilidade, aliás, tem uma histórica rica de controvérsias e debates públicos, de que o artigo que citamos dá conta, com o link para os respectivos desenvolvimentos.
“Apesar da acessibilidade da informação online, as pessoas ainda abrem as honor boxes, assim como continuam a comprar jornais em máquinas operadas por moedas, grelhas expositoras e quiosques. As caixas de Nova Iorque, diminutas na estatura mas não em número, ligam a paisagem da cidade às instituições que a povoam de informação. Aquelas que foram abandonadas - com as suas conchas coloridas deixadas de vez - são memórias brilhantes da metamorfose [ocorrida] no comércio dos jornais.”
O artigo citado, na íntegra, na Columbia Journalism Review