Manual para uma transição digital bem sucedida na imprensa
Isto passa por traçar critérios exigentes de jornalismo, testar hipóteses, bem como desenvolver experiências e conteúdos exclusivos para a sua base de subscritores.
O autor recorda, contudo, que, durante os primeiros meses, esta reorganização exigirá investimento em recursos humanos e em novas tecnologias. Por isso, o crescimento das receitas poderá ser demorado.
De acordo com Suárez, as sinergias internas serão essenciais nestes processos. Ou seja, os jornalistas devem estar dispostos a colaborar com as equipas comerciais e de informática.
Isto porque, segundo reforçou o autor, os profissionais dos “media” devem ter conhecimentos básicos de “marketing”, de forma a tornarem os artigos mais apelativos.
Neste âmbito, as publicações deverão, ainda, certificar-se de que o produto digital oferece uma experiência de qualidade aos seus consumidores, com versões “online” intuitivas e bem concebidas.
Suárez recomenda, igualmente, que os títulos invistam em conteúdos inovadores, como as “newsletters”, os “podcasts” e os boletins informativos, já que as gerações mais jovens preferem consumir os chamados “produtos finitos”.
Isto é: produtos com curadoria, que reúnam os principais acontecimentos de um determinado dia, ou que sigam uma determinada temática.
Desta forma, os jornais conseguirão incentivar hábitos de consumo regulares, o que é essencial para fidelizar os subscritores.
Por fim, Suárez sugere que as publicações clarifiquem a intenção por detrás da criação de uma “paywall”, recordando os leitores da importância de informação de qualidade.
Leia o artigo original em “Cuadernos de Periodistas”