Político por vocação, jurista de formação, Luís Marques Mendes costuma dizer que tem prazer “em fazer política” enfatizando que “há muita gente que tem prazer e não gosta de o dizer”. Houve mesmo quem escrevesse, até, que ele “fez da política o livro da sua vida”.

É uma das personalidades mais conhecidas da sua geração no espaço público, notoriedade reforçada nos últimos anos pela sua intervenção regular como comentador político na antena da SIC.

Com uma relação muito próxima com não poucos jornalistas, até por ter assumido, enquanto governante, a tutela da Comunicação Social do Estado, Luís Marques Mendes confessa ser  “um consumidor de jornais”.

Os seus biógrafos gostam de realçar que foi vice-presidente da Câmara de Fafe, em 1976, com 19 anos, secretário de Estado aos 28 e ministro aos 35, nos executivos de Cavaco Silva. Uma carreira fulgurante.

Regressaria  ao Governo com Durão Barroso, em 2002,  e, em 2005, alcançou a presidência do PSD, cargo que veio a ceder, em 2007, a Luís  Filipe Menezes.

Reconhece que “gosta do combate” e que  “seria hipócrita se dissesse que gosto de perder”.

Licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, desenvolveu actividade como  Secretário e Adjunto do Governador Civil do Distrito de Braga e advogado na Comarca Judicial de Fafe. Mais recentemente, foi presidente do Conselho de Administração da Ensino, entidade proprietária da Universidade Atlântica.

Militante do Partido Social Democrata, foi diversas vezes eleito deputado à Assembleia da República, pelos Círculos de Braga, Aveiro e Viana do Castelo.

Presidiu ao Grupo Parlamentar do PSD entre 1996 e 1999, sendo muito activo na oposição ao governo socialista, designadamente quando ocupava a presidência da Comissão Política Nacional do PSD.

Essa experiência poderá ter influenciado posições recentes, quando lembrou, enquanto comentador politico, que "PSD e CDS andam sempre a reagir, muito a reboque dos acontecimentos (…)  Mas a política não se faz de estados de alma (…) Não devem cometer o erro que têm vindo a cometer nos últimos tempos que é de subestimar António Costa. É que se não preparam bem a oposição, então aquilo não vai ser um passeio, vai ser um pesadelo".

Luis Marques Mendes tem dois livros publicados  -  Mudar de vida e O estado em que Estamos.

Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique a 6 de Junho de 2008.

É esta personalidade, com uma vida política vivida, desde muito jovem, que poderemos ouvir na Sala da Biblioteca do Grémio Literário, num jantar-debate que promete uma reflexão e participação alargadas.