Esta ultrapassagem vem, por enquanto, muito à tangente, mas é significativa. Segundo os números divulgados, a recepção pelas plataformas online representa agora 34,3% da totalidade de receitas do sector  - mas tinha 27% em 2014…  O download por unidade continua nos 34%, e a venda de suportes físicos nos 28,8%. 

"O crescimento constante das receitas dos serviços de streaming cobre o declínio de vendas do download digital e dos produtos físicos. De um ponto de vista global, o mercado cresceu 0,8%, para atingir os 4,95 mil milhões de dólares (cerca de 4,42 mil milhões de euros), o que é o quinto ano consecutivo de subida do seu volume de negócios"  - congratula-se Joshua Friedlander, vice-presidente sénior e analista estratégico da RIAA. 

"Esta categoria streaming, cujo modelo económico assenta numa mistura de publicidade e de assinaturas em vez das tradicionais aquisições por unidade, abarca tanto a rádio online Pandora como as plataformas de vídeo YouTube e Vevo, como ainda os serviços de audição on demand  - o Spotify, Deezer ou Apple Music." 

Ainda segundo o Le Monde, que aqui citamos, "na França, onde o mercado da venda física continua a representar 58% das receitas, o streaming ainda não é a locomotiva da indústria, mas é o tipo de consumo que está a ter a maior taxa de progresso." (…) 

"O principal volume de negócios gerado pelo streaming, nos Estados Unidos, provém das assinaturas: 1,219 mil milhões de dólares (cerca de 1,084 mil milhões de euros), face aos 385 milhões de dólares das receitas da publicidade. A proporção é semelhante na França: as assinaturas dão conta de 55% das receitas digitais do sector, face aos 14% da publicidade." 

Mais informação no Le Monde e no relatório citado da RIAA, a que pertence a imagem utilizada