Literacia mediática para estudantes norte-americanos

As escolas norte-americanas continuam a ignorar a necessidade de introduzir disciplinas de literacia mediática, numa altura em que cada vez mais jovens utilizam as redes sociais, estando expostos a “fake news” e a teorias da conspiração. Quem o diz é Melinda Wenner Moyer que, num artigo publicado no “Nieman Lab” recordou que, nos últimos anos, diversos estudos académicos verificaram um maior questionamento de factos científicos, devido ao contacto com notícias falsas, disseminadas por plataformas “online”. Isto aconteceu, afirmou a autora, porque, além de os algoritmos das redes sociais promoverem o contacto com “teorias da conspiração”, a maioria das instituições de ensino ainda não oferece acções de formação sobre as “fake news”. Para já, indicou Wenner Moyer, apenas o Estado de Illinois legislou a obrigatoriedade da introdução de aulas de literacia mediática no currículo das escolas. Por outro lado, continuou a autora, mesmo quando as escolas têm programas sobre o consumo noticioso, estes cursos costumam focar-se, apenas, na importância de ler informações disseminadas por fontes jornalísticas. Assim, defendeu a articulista, mais do que incentivar os alunos a lerem publicações noticiosas, as escolas devem formar jovens com sentido crítico, capazes de distinguir os diferentes tipos de jornalismo, dando preferência aos jornais com informações verificadas, e com reportagens de investigação fidedignas. Além disso, disse Wenner Moyer, é crucial que os jovens aprendam a questionar as intenções por detrás da publicação de um determinado artigo ou reportagem.