Literacia mediática como ferramenta contra desinformação

Segundo Torres, os processos de comunicação que convivem com elementos de risco à saúde pública exigem balizas mínimas, que sejam verificáveis. O parecer de especialistas e estudiosos, que seguem de perto a evolução de epidemias e surtos, deve, igualmente, ser acompanhado por jornalistas, que devem estar determinados em tornar esses dados acessíveis à população em geral.
Para que o processo informativo se torne mais fidedigno, e para que os leitores consigam distinguir entre notícias falsas e verdadeiras é, segundo o autor, importante implementar projectos de literacia mediática nas escolas. Torres defende que esses projectos se têm revelado muito produtivos , ao despertarem o interesse e a atenção dos participantes.
Experiências como essa, diz, possibilitam a discussão didáctica do jornalismo no ambiente escolar, e são essenciais para resolver os problemas causados pelas “fake news”. A reflexão crítica pode oferecer parâmetros que melhorem conduta de indivíduos e grupos nos processos quotidianos.
Torres destaca, ainda, o papel das agências de “fact-checking”, que têm apresentado como estratégias de mitigação dos problemas ligados à disseminação de informações falsas na esfera da saúde.