Liberdade de imprensa esteve comprometida nos Olímpicos de Inverno
As autoridades chinesas tentaram restringir o trabalho dos jornalistas que cobriram os Jogos Olímpicos de Inverno, apesar das garantias da organização, denunciou o Clube Chinês de Correspondentes Estrangeiros (FCCC, na sigla inglesa)
Conforme apontou aquela organização, foram registadas diversas “interferências” governamentais, tanto dentro como fora do recinto dos Jogos. Além disso, muitos profissionais foram alvo de assédio “online”.
“Depois de um evento de Ski, um jornalista estrangeiro foi impedido, por um membro das forças policiais, de entrevistar um atleta de Hong Kong, na zona mista dos Jogos, onde, supostamente, as regras são ditadas pelo Comité Olímpico”, pode ler-se no comunicado.
“Ademais, um repórter do canal holandês NOS foi arrastado por seguranças, durante uma emissão em directo”.
Já os correspondentes da France 24 foram acompanhados, durante todo o evento, por um “guia”, que os alertava sempre que as reportagens fugiam à “narrativa oficial” do governo chinês.
Perante este cenário, o FCCC apelou às autoridades chinesas que cumprissem “as suas próprias regras, relativas ao trabalho de correspondentes estrangeiros. Ou seja: que assegurassem “entrevistas livres, sem a ameaça de intervenção estatal”.
Em reacção às críticas tecidas pelos jornalistas, o Comité Olímpico afirmou, por sua vez, que estes foram incidentes isolados, e que a liberdade de imprensa foi assegurada no decorrer dos Jogos.
Conforme apontam relatórios da Freedom House, a China é um país não livre, que dispõe de uma das maiores, e mais avançadas, máquinas de censura do mundo.
Fevereiro 22
A forte repressão da actividade dos “media” e da liberdade de expressão reflecte-se, muitas vezes, na detenção de jornalistas independentes, ou de cidadãos que denunciem actividades do governo por via das redes sociais.
A China encontra-se em 177º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, entre 180 países.
O Reuters Institute for the Study of Journalism dinamiza a Oxford Climate Journalism Network (OCJN), um programa de apoio a jornalistas para melhorar o impacto e a qualidade das suas reportagens...
O projecto Better News, do American Press Institute, que dissemina projectos inovadores ou experimentais que possam beneficiar a indústria dos media, partilhou recentemente uma nova estratégia:...
Os desafios que surgiram nos últimos 20 anos no sector da comunicação social, desde o impacto das novas tecnologias até ao aumento da desconfiança do público, exigem que as organizações de...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...