A ficha histórica que apresenta esta colecção explica que O Portuguez aparece no contexto da “segunda tentativa para estabelecer a monarquia constitucional”, desta vez por iniciativa régia de D. Pedro IV, Imperador do Brasil, “por via da Carta Constitucional, outorgada a 29 de Abril de 1826, publicada em Lisboa a 12 de Julho desse ano”. 

“O Portuguez protagonizou uma intensa campanha doutrinária em defesa da Carta outorgada, que entendia como a materialização da ‘causa sagrada do Rei e de seu povo’.”

 

“O Portuguez totalizou 255 números, na sua maioria de 4 páginas, embora os dois primeiros números só apresentassem duas; com o avançar do tempo, e quando a relevância da matéria o justificava, extraíram-se edições de 6 páginas e suplementos. (...) Ao domingo não havia edição.”

 

“Tudo indica, portanto, que a publicação foi bem recebida pelo público, o que terá motivado os seus dirigentes a aumentar a oferta de leitura. Mas não se contentaram em aumentar o número de páginas, também as fizeram crescer em dimensão. De acordo com o que consta na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, O Portuguez foi ‘a primeira folha de grande formato que se publicou em Portugal’, e apresentar três colunas de texto  - inovações que terão inspirado José Agostinho de Macedo a apodá-lo ‘lençol de três ramos’.” 

 

No seu número de lançamento, apresentava-se como “um periódico dirigido e administrado de maneira que satisfaça aos desejos do público, e mostre em fim escripto em portuguez  um jornal como os das outras nações civilizadas. (...) O Portuguez será sempre imparcial, nunca orgam de partidos quaisquer que sejam eles; advogará instituições legitimas, a liberdade bem definida, e a plena e perfeita independencia nacional por a qual pugnaram sempre nossos avos”. 


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