“Le Monde” interage com leitores e convida-os a visitar a sede

O “Monde” voltou a interagir com os seus leitores, através de um “chat” criado para estabelecer contacto entre a redacção e os consumidores do jornal. Na 9ª edição desta iniciativa, que decorreu na primeira terça-feira de Fevereiro, o vice-director do Departamento de Relação com os Leitores, Gilles van Kote, respondeu a questões sobre a cobertura noticiosa das campanhas Presidenciais, sobre a liberdade editorial do “Monde”, e sobre possíveis visitas às novas instalações daquele jornal. Em primeiro lugar, Kote respondeu a uma questão sobre a publicações de artigos relativos às presidenciais, esclarecendo que, ao contrário do que acontece na rádio e na televisão, a imprensa escrita não tem qualquer limitação quanto ao volume de conteúdos sobre os candidatos. “Não mantemos uma contagem dos artigos dedicados a um determinado candidato. As nossas escolhas são puramente jornalísticas: dedicamos artigos a assuntos que acreditamos serem relevantes do ponto de vista da actualidade, independentemente da figura política em causa”, afirmou aquele responsável. Ainda assim, noutra questão, sobre a relação do jornal com políticos, Kote ressalvou que não existe “neutralidade” no jornalismo, e que a objectividade nunca é absoluta. Relativamente à liberdade editorial do “Monde”, Kote afirmou que a estrutura accionista do jornal é composta por diversos empresários, de todo o espectro ideológico, que não interferem nas escolhas noticiosas do título. “Em 2010, tivemos a sorte de ter sido adquiridos por vários accionistas, que não estão, necessariamente, de acordo uns com os outros, a nível político. Além disso, deixam-nos fazer o nosso trabalho, sem interferir nos nossos artigos, ou na nossa linha editorial”.