Isto porque, de acordo com os colaboradores do jornal, a imprensa é, constantemente, condicionada por interesses políticos e financeiros, o que, por vezes, afecta a linha editorial do título.


Esta realidade verificou-se em 1951, quando os accionistas se mostraram insatisfeitos perante o escrutínio realizado ao governo, e foi-se repetindo ao longo das décadas -- particularmente, nas alturas em que os recursos financeiros escasseavam.


Com isto, os jornalistas garantem que manter a independência e objectividade tem sido uma batalha permanente,  travada em todas as gerações de colaboradores e em todos os artigos publicados.


Agora, o cumprimento dos valores que fundaram o jornal é assegurado pelo Grupo de Independência do “Monde”, criado em 2010.


Desta forma, os autores concluem que, ao longo dos anos, o “Monde” aprendeu que a independência não é uma questão natural, mas um fruto de vigilância constante e de lutas, permanentemente, renovadas. 


Até porque estes valores constituem “a base do contrato de confiança com o leitor”, sendo por isso, o bem mais precioso de um jornal.