Jornalistas ucranianos “contam e vivem” a história da guerra
Os jornalistas ucranianos estão, agora, a tentar encontrar um equilíbrio entre a cobertura noticiosa da guerra, e a sua segurança pessoal, enquanto assistem à destruição do seu país.
É esse o caso de Olga Rudenko, editora-executiva do “Kyiv Independent”, que continua a assegurar a publicação deste título, apesar de já não se encontrar na capital ucraniana.
Em entrevista para a revista “Time”, Rudenko explicou que teve de deslocar-se para o Oeste da Ucrânia, embora tenha tomado essa decisão de forma relutante.
“O meu plano era ficar em Kiev, enquanto a cidade não fosse ameaçada ou atacada”, disse aquele responsável. “Mas, assim que Putin finalizou o seu discurso, [em 24 de Fevereiro], começámos a ouvir explosões”.
“Sei que faz mais sentido continuar a trabalhar no Oeste da Ucrânia. Mas, também sinto que devia estar na minha cidade, a assistir aos acontecimentos, juntamente com as pessoas que lá ficaram”.
Quanto à cobertura noticiosa dos acontecimentos, Rudenko afirma que esta tarefa tem sido acompanhada por uma grande carga emocional.
“Este trabalho é mais difícil para nós, do que para os jornalistas estrangeiros. Nós não estamos, apenas, a contar a história. Estamos a vivê-la”.
Além disso, continuou Lisa Abend no artigo da “Time”, o compromisso para com a cobertura do conflito representa um risco de vida. Aliás, em 1 de Março, um “cameraman” ucraniano foi morto por um míssil, que atingiu a torre televisiva de Kiev.
Março 22
Por isso mesmo, alguns jornalistas decidiram abandonar o país, passando a realizar as suas funções de forma remota, a partir de zonas fronteiriças. Por sua vez, aqueles que ficaram têm dificuldade em obter materiais de segurança e protecção.
Entretanto, o governo russo está continua a limitar a informação independente na Ucrânia, atacando jornalistas, e destruindo torres de emissão, enquanto refina as suas campanhas de desinformação.
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