Jornalistas trocam redacções por “newsletters” em teletrabalho
Com o sector mediático em crise, alguns jornalistas estão a abandonar as redacções para se dedicarem a novos projectos. De acordo com o jornal “Figaro”, uma das principais tendências, adoptadas por estes profissionais, é a “newsletter”.
Ou seja, os jornalistas passam a reunir informações, por conta própria, e a enviá-la, via “e-mail”, à sua base de subscritores.
Normalmente, estas iniciativas tratam apenas de um tema -- economia, política, parentalidade, música, etc. -- e são enviadas com uma periodicidade pré-estabelecida.
Assim, estes profissionais dos “media” têm conseguido contrariar a tradição presencial nas redacções criar o seu próprio negócio, baseado em informação fidedigna, a partir de casa.
A título de exemplo, o jornalista, Casey Newton -- ex-colaborador da revista de tecnologia “The Verge” -- começou a trabalhar, por conta própria, na “newsletter” “Platformer”, que relata os principais acontecimentos nos GAFA -- Google, Amazon, Facebook e Apple, quatro vezes por semana.
Agora, os interessados podem assinar um dos quatro modelos de subscrição apresentados no seu “website”, que vão de 10 (regime mensal) a mil dólares (regime mistério).
Outubro 20
Segundo revelou Newton no Twitter “em apenas cinco dias, a plataforma chegou aos seis mil assinantes”.
Aliás, segundo recordou o “Figaro” , as redes sociais têm contribuído para a individualização profissional, já que, através destas plataformas, os jornalistas aprenderam a trabalhar a sua imagem e a construir uma audiência pessoal.
Contudo, alguns destes empreendedores estão a considerar o reagrupamento, a fim de dividir custos e chegar a mais leitores.
As “newsletters” surgem, assim, como um modelo de negócio sustentável, que poderá definir as próximas décadas do sector dos “media”, juntamente com as “paywalls”.
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