Agustín Valladolid, presentemente o director de ZoomNews, pôs o dedo na questão do rebaixamento da qualidade das notícias que se produzem, e da imposição da urgência como um dos seus pilares, “quando esse foi sempre o cancro da informação”. 

Ao lado da sua fotografia, no site da ZoomNews, tem uma citação de Oscar Wilde: “Os jornais inventam a metade do que dizem. Se acrescentarmos que não publicam a metade do que acontece, concuiremos que os jornais não existem.”

 

Roger Jiménez  - que recebeu o ano passado o III Prémio Internacional de Periodismo “Cátedra Manu Legineche”, outorgado pela FAPE e o governo provincial de Guadalajara -  fez o contraste entre o papel da Imprensa na actualidade e no período da transição democrática, criticando especialmente o presente modelo de gestão, em que a maioria dos responsáveis “não são empresários de Imprensa, mas homens de negócios”. Deu como exemplo as campanhas em que os jornais se fazem acompanhar de coisas como um lenço de pescoço, ou um canivete de cortar presunto, "e esse fenómeno comercial, que nasce para gerar vendas, não traz mais do que consequências negativas".

 

Esta crítica à promoção de produtos alheios ao jornalismo foi secundada por Agustín Valladolid, que acrescentou à lista os políticos “que nunca entenderam o valor da Imprensa independente em democracia”, e o próprio poder judicial, com casos em que “o Supremo pôs a liberdade de informação acima da verdade; e nós acreditámos nisso”.

 

Para Antxon Sarasqueta, jornalista e investigador das Tecnologias de Informação e Comunicação, nesta auto-denominada sociedade da Informação “predomina a desinformação”, com fins pouco éticos, devendo ser usada como antídoto contra ela a transparência.

 

 

Mais informação nos sites da APM e da FAPE 
A foto é de Nuria Navarrete, com alguns dos intervenientes no debate: Agustín Valladolid, Antxon Sarasqueta, Jesús Picatoste y Roger Jiménez.