Jornalistas sobem ao palco para contar as suas histórias …
Os jornais deixaram de estar devidamente enraizados no seu lugar, os jornalistas não interagem com a comunidade e as comunidades de leitores estão a desintegrar-se. Uma nova tendência mediática está, contudo, a aproximar, novamente, os jornalistas das audiências.
A imprensa de alguns países - como a Finlândia, Espanha e França -, está a começar a apostar num formato de "notícias ao vivo", onde os jornalistas estão, literalmente, em cima do palco e conversam com o público sobre as suas histórias, reportagens e vivências, o que está a ajudar o jornalismo a combater a crise de credibilidade.
O público está pronto a conhecer a pesquisa preliminar dos jornalistas, que se mostram dispostos a partilhar os desenvolvimentos das suas histórias. Ouvir os jornalistas em “carne e osso” humaniza tanto as histórias quanto os escritores e levanta o véu sobre as práticas da redacção. Os participantes dos eventos ficam satisfeitos por terem a oportunidade de fazer perguntas, participar numa discussão e potencialmente influenciar a estratégia editorial.
Em Helsínquia, por exemplo, a “performance” do principal jornal diário está, habitualmente, esgotada. Em Madrid, o "Diário Vivo" oferece "uma noite única em que os jornalistas contam histórias verdadeiras, íntimas e universais pela primeira vez". O público compromete-se a não gravar o evento e, na Finlândia, reúne-se com os jornalistas para "tomar um copo", depois de saírem de cena.
Janeiro 20
Segundo Catherine Adams, do NiemanLab, estes eventos podem acontecer em qualquer sítio com capacidade para receber público: uma câmara municipal, um bar, um festival, um teatro. A jornalista defende, também, que as notícias podem ser apresentadas em qualquer formato: da comédia ao musical.
A autora reitera que “o céu é o limite” para estas produções. As histórias podem ser contadas em forma de monólogo ou de uma peça com várias cenas e entreactos. Os jornalistas e entrevistados podem estar no palco ou ter actores a interpretar o que escrevem. O público poderia ser encorajado a interagir ou contribuir com as suas próprias experiências, fazendo avançar a história para edições posteriores. O evento poderia gerar debate, campanha, ou mesmo activismo, dentro ou fora do auditório.
Estas “performances” são verdadeiros sucessos de bilheteira - uma originalidade - ,mas ainda não conseguem produzir lucro, visto que é necessário contratar especialistas de “mise-en-scène” e cobrir os custos de produção.
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