Jornalistas querem melhorar a formação sobre “fake news”
Desde o início da pandemia, os jornalistas foram confrontados com um “tsunami” de desinformação sobre o covid-19, no qual se incluem “teorias da conspiração”, bem como declarações governamentais , indica o mais recente estudo do Center for Journalists.
De acordo com o relatório, dos 1406 jornalistas que responderam ao inquérito global, cerca de 28% afirmou ter detectado “fake news” diariamente e cerca de 35% garantiu ter contactado com artigos de desinformação várias vezes por semana.
Perante este cenário o estudo do Center for Journalists sugere que os “media” promovam mais acções de formação para “fact-checking”.
“"Em termos das suas necessidades mais urgentes, os jornalistas revelaram um elevado grau de interesse na formação para novas capacidades de reportagem e técnicas avançadas de verificação. Estas poderiam permitir-lhes realizar um jornalismo de melhor qualidade, que respondesse, mais eficazmente, à ameaça da desinformação”, refere o relatório.
Com estas iniciativas, segundo o estudo, os jornalistas ficariam mais aptos a reportar artigos com informação falsa, que detectassem nas redes sociais ou noutras plataformas “online”. Da mesma forma, mais profissionais ficariam capacitados para analisar “vagas” de desinformação.
Outubro 20
O relatório alerta, ainda, para a deterioração da saúde mental dos jornalistas, que estão a cobrir a pandemia. De acordo com os dados levantados, cerca de 60% dos profissionais inquiridos considera necessário que as empresas de “media” ofereçam recursos de apoio psicológico.
Porém, apenas um quarto dos jornalistas afirmou ter recebido qualquer assistência no âmbito da saúde mental.
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