Jornalistas que cobrem situações de risco mais propensos a ansiedade
O jornalismo pode afectar a saúde mental dos profissionais que cobrem situações disruptivas, como conflitos armados, ou a actual pandemia, revelou um estudo de Anthony Feinstein, professor de Psiquiatria na Universidade de Toronto, publicado no Reuters Institute.
De acordo com o relatório, os jornalistas que cobriram a pandemia estão mais propensos a desenvolver distúrbios do foro psicológico. De facto, numa amostra de 73 jornalistas, cerca de 70% apresentou algum tipo de angústia, relacionada com a covid-19.
Da mesma forma, 26% foram diagnosticados com distúrbio de ansiedade generalizada, o que inclui sintomas de falta de concentração, fadiga e insónia. Além disso, 11% dos inquiridos desenvolveu sintomas de stress pós-traumático, o que inclui pensamentos intrusivos e memórias de acontecimentos relacionados com o coronavírus.
Segundo indica o relatório, os sintomas desenvolvidos prendem-se com a alteração abrupta do “modus operandi”. Grande parte dos jornalistas passaram a trabalhar em casa, o que os obrigou a conjugar a vida familiar com a profissional. Uma “missão” que muitos disseram ser “impossível”.
Julho 20
Por outro lado, a maioria dos profissionais sentiu que não dispunha das competências necessárias para reportar sobre um tema desconhecido da maioria da população. Isto espoletou um incremento nos sentimentos de insegurança e “deslocamento”.
Contudo, todos os jornalistas inquiridos têm mais de 18 anos de experiência, trabalham para empresas reconhecidas e acreditam estar em boa forma física. Assim, Feinstein acredita que estes sintomas tenham ainda maior incidência no “fim da cadeia” profissional.
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