Jornalistas “online” procuram proteger-se contra a difamação
As modificações legislativas foram, também, introduzidas em França. A lei francesa protege os jornalistas contra a difamação, os insultos e o assédio, tanto “online” como “offline”. Esses profissionais podem, assim, apresentar acusações de assédio cibernético, sem precisarem de aprofundar a veracidade das alegações.
A lei americana, por outro lado, dá muito menos protecção aos jornalistas do que às editoras, por exemplo. “Ficaria muito surpreendido se os processos contra a difamação surtissem efeito nos EUA. É muito difícil", considerou Scott Griffen, vice-diretor do International Press Institute, organização que investiga leis de difamação em todo o mundo.
Há, contudo, ainda muitas outras razões pelas quais os jornalistas podem optar por não recorrer ao tribunal. Sarah Guinee, investigadora do Knight First Amendment Institute, reitera que os repórteres são encorajados a evitar as ações judiciais, que têm custos elevados e podem ser emocionalmente desgastantes, até por sujeitarem a vida dos queixosos ao escrutínio público.