Os jornalistas entrevistados consideram, também, que, actualmente, é difícil escrever uma notícia que vá ao encontro dos valores de todos os cidadãos. Por isso mesmo, verifica-se, agora, uma polarização dos “media”, em que um determinado título  produz conteúdos para um segmento restrito da população.


Para os profissionais, isto representa um desafio à democracia, uma vez que o público deixou de ler opiniões diferentes das suas, e se encontra em “câmaras de eco”, nas quais a sua ideologia é, permanentemente, validada.


Neste âmbito, os jornalistas consideram que as redes sociais são tanto uma “bênção” como uma “maldição”, uma vez que, apesar de ajudarem os jornais a disseminarem o seu trabalho, contribuem, igualmente, para a polarização social, e para o discurso de ódio.


Mesmo perante todos os desafios, quase 57% dos jornalistas diz ter uma “grande paixão” pela sua ocupação profissional, pelo que deixar esta carreira não é uma opção.