A título de exemplo, os “freelancers” que colaboram com a Associated Press ou o “Wall Street Journal” são enviados para o terreno com coletes à prova de bala, capacetes e “kit” de primeiros socorros. No caso dos jornalistas independentes espanhóis, por outro lado, regista-se uma grande dificuldade no acesso a este tipo de equipamento.


No entanto, há problemas que são transversais a todos os profissionais dos “media”, quer trabalhem por conta de outrem, quer o façam de forma independente. Isto inclui, por exemplo, o controlo do discurso por parte do governo ucraniano que, através de estratégias tecnológicas e narrativas, procura evitar a desmoralização das suas tropas.


Além disso, é quase impossível contar a perspectiva russa, devido às novas restrições impostas à imprensa pelo Kremlin, o que limita a pluralidade da cobertura narrativa sobre o conflito.


Perante este cenário, a autora – também ela jornalista “freelancer” – considera essencial a valorização dos profissionais independentes, que continuam a narrar uma realidade adversa, apesar das dificuldades enfrentadas.