Jornalistas devem alterar rotinas para orientar os cidadãos
Perante as vagas de desinformação que circulam nas redes sociais, os jornalistas deverão conciliar o seu papel enquanto produtores de notícias, com a missão de orientar e educar todos os cidadãos, assinalou Carlos Castilho num artigo publicado, originalmente, na revista “objETHOS”, e reproduzida no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Ou seja, de acordo com Castilho, mais do que serem responsáveis pela redacção de peças informativas, os profissionais dos “media” devem, agora, orientar os leitores quanto ao seu consumo mediático, reforçando a importância de consultar fontes fidedignas.
Desta forma -- indiciou o autor -- os jornalistas estão a traçar a sua ascensão do “status social”, graças ao seu papel na sociedade contemporânea.
Até porque, de acordo com Castilho, os jornalistas são a única classe profissional com a experiência necessária para distinguir, sem grande dificuldade, um facto de uma verdade corrompida.
Além disso, os jornalistas conhecem, de perto, a importância de contextualizar um determinado dado, para que este não possa ser deturpado, ou mal interpretado.
O autor sublinha, porém, que este novo papel dos jornalistas não deve passar pela venda de produtos ou promoção de comportamentos, mas pela partilha de conhecimentos sobre a importância da informação verdadeira na formação de opinião e manutenção de democracias saudáveis.
Fevereiro 21
Posto isto, Castilho defende que os profissionais dos “media” deverão, agora, alterar rotinas, regras e valores para se enquadrarem nesta nova função.
O autor admite, contudo, que este é um desafio, duplamente, difícil, já que os jornalistas terão de conseguir alienar-se de funções comerciais, enquanto exploram um novo espaço, ainda desconhecido no conhecimento humano.
Ainda assim, Castilho encoraja todos os profissionais a aliarem-se à causa, já que esta constitui “uma condição indispensável para que a profissão sobreviva” e para reforçar a importância do jornalismo na vida de “pessoas e comunidades”.
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