Jornalistas da Associated Press são alvo de exército russo
Dois repórteres de imagem da Associated Press (AP) foram colocados na lista de "alvos a abater" do exército russo, na sequência de uma reportagem sobre Mariupol.
De acordo com a “Press Gazette”, os profissionais em causa, Mstyslav Chernov e Evgeniy Maloletka reportaram a situação em Mariupol durante duas semanas, antes de as autoridades ucranianas lhes recomendarem que abandonassem o local.
“Um agente disse-nos que se o exército russo nos apanhasse, nos iria forçar a fazer uma declaração em vídeo, a afirmar que tudo aquilo que filmámos era mentira. Assim, todos os nossos esforços teriam sido em vão”.
Os jornalistas souberam, mais tarde, da existência de uma campanha de desinformação russa, que se destinava a descredibilizar o trabalho que publicaram.
Este não é, contudo, um caso único, uma vez que o número de ataques contra jornalistas na guerra russo-ucraniana tem vindo a aumentar.
A título de exemplo, a jornalista ucraniana Victoria Roshchyna foi dada como desaparecida. Teme-se, agora, que esta profissional tenha sido capturada pelas forças russas.
Outro jornalista ucraniano, Oleg Baturin, foi raptado pelo exército russo, tendo sido “espancado e ameaçado de morte”. Este profissional foi, entretanto, libertado, em 20 de Março.
Março 22
Também os correspondentes internacionais têm sofrido as consequências com a guerra, havendo registo da morte de, pelo menos, três jornalistas que colaboravam com ‘media’ norte-americanos: Pierre Zakrzewski, Oleksandra Kuvshynova e Brent Renaud.
Entretanto, os enviados especiais da emissora Sky News foram forçados a abandonar a Ucrânia, após terem sido atacados pelo exército russo.
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