Os títulos que vêm a público, sobre esta matéria, são semelhantes, com Le Figaro a falar de “inquietação” e Le Monde a descrever “mal-estar” nas redacções. 

Como exemplo de um ponto concreto de contestação, o comunicado pergunta: “não contando o futuro canal com qualquer repórter seu, será pedido aos jornalistas de France 2, de France 3 ou da Radio France que façam os directos no terreno? (...) E qual será o procedimento para harmonizar as informações, potencialmente contraditórias, recolhidas por uma ou outra das redacções?” 

Segundo Le Figaro, discute-se ainda a denominação já proposta: France Info. A France Télévisions desejaria tornar-se co-proprietária da marca da Radio France e fazer dela o nome da futura oferta. 

“Esta informação, que não foi ainda oficializada pela direcção da France TV, já levanta contestação. Se ela se confirmar, os jornalistas das duas redacções temem a supressão dos dois sites existentes na Internet (francetvinfo.fr ou franceinfo.fr), e que seja posta em causa a sua independência editorial". 

O comunicado apela, assim, às direcções, a “que se comprometam publicamente a assegurar no projecto a permanência de cada uma das redacções implicadas, sem as fundir, e a proteger as identidades editoriais que lhes são próprias, a repensar o nome da futura cadeia pública de informação, a criar as condições de um diálogo construtivo com as associações de jornalistas, implicando que dêem respostas sinceras e credíveis às suas legítimas interrogações”. 

“As dificuldades presentemente encontradas pelos dois grupos, no momento de se porem de acordo sobre o conteúdo do projecto, são reveladoras de uma colaboração decidida à pressa, em cima da mesa, sem uma análise séria dos seus efeitos concretos”  -  diz ainda o comunicado. 

As notícias no Le Monde e Le Figaro, a que pertence a imagem, assinada por François Bouchon