Os seus conteúdos “alimentaram”, aliás, as manifestações sociais contra as eleições de 2020, nas quais Lukashenko foi reeleito para o seu quinto mandato consecutivo, em condições polémicas.


Conforme apontou Aliaksandr Herasimenka, uma investigadora da Universidade de Oxford, o “Nexta” tem vindo, assim, a “produzir vídeos informativos e de cariz activista”. 


Isto significa, afirmou Herasimenia, que este projecto noticioso “não deixa as pessoas formarem as suas próprias opiniões”, apresentando “uma conclusão definitiva sobre o que se passa no país”.


Devido a esta linha editorial, Putilo e Pratasevich foram classificados como "terroristas" por Lukashenko, que pretende pôr fim a este projecto noticioso.


Aliás, recorde-se, o governo bielorrusso desviou para Minsk um avião que voava de Atenas para Vilnius (Lituânia), com o objectivo de deter o jornalista Roman Protasevich, que continua na prisão.


Perante este e outros atentados à liberdade de imprensa, a Bielorrússia passou a ser considerado o país mais perigoso da Europa para o exercício do jornalismo.


Da mesma forma, Lukashenko consta na lista de “predadores dos ‘media”, elaborada pelos Repórteres sem Fronteiras, remetendo a Bielorrússia à 154ª posição do Índice de Liberdade de Imprensa, entre 180 países.


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